O outro Zer0

O outro Zer0

terça-feira, 6 de abril de 2010

PinholeDay 2010 - Rio de Janeiro

Substantivo Coletivo apresenta o PinholeDay 2010 com a proposta de valorização da fotografia experimental nas suas mais diversas formas.

Em parceria com o Coletivo Filé de Peixe, o Substantivo Coletivo propõe a realização de uma oficina de pinhole seguida de uma saída fotográfica. O evento rola no dia 25/04 no Parque Lage e a oficina é gratuita. Basta se inscrever. Veja os detalhes no site clicando aqui!

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

A Arte como ferramenta Elitista

Não queremos um mundo de não-especialistas especializados. Para cumprimos o papel de nossa espécie, precisamos expressar coletivamente todos os aspectos emocionais, físicos e intelectuais de nossa humanidade.

O uso corrente do termo ARTE a trata como subcategoria das disciplinas (música, literatura, etc) por “valor percebido”. Define-se que John Coltrane é mais arte que Latino, gerando hierarquia nas categorias. Pela diversidade de objetos, não parece estranho afirmar que não existe um denominador comum entre as “obras de arte” e, portanto, não há critério para defini-las. O que faz com que ARTE seja qualquer coisa que alguém em posição de poder cultural diga que o é, criando assim uma classe dominante.

A arte é promovida como forma de celebrar a superioridade objetiva de seu próprio estilo de vida e sua apreciação, marca de distinção, privilégio e gosto.

Popularize a arte. Não só por intermédio de sua apreciação mas, principalmente, por intermédio de sua execução! Faça a sua arte e a considere assim. Algumas propostas:

Rede de arte postal: Mande sua arte pelo correio. Crie seus próprios alvos e atinja-os. Contamine-os com sua (anti)arte.

Promova Festivais de Apartamento. Artistas que não têm público juntem-se para mostrar seus trabalhos uns aos outros em apartamentos.

Sem ação nenhuma idéia é válida.

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Manifestos Neoístas

Acreditamos que a contradição é a base de todo o pensamento, que o plágio é a estética moderna – e que, como artistas, somos pessoas extremamente glamurosas.

Estamos felizes em plagiar. A originalidade não tem conseqüências, procuramos idéias e ações que irão transmitir valores espirituais.

A mudança não implica necessariamente em progresso. No entanto, a novidade geralmente é suficiente para entreter as massas.

A Conspiração Cultural Neoísta é contra o culto ao artista, porque ele não é benéfico para a arte.

A Conspiração Cultural Neoísta é a favor do culto ao artista, porque ele é benéfico para o artista individual.

A Conspiração Cultural Neoísta afirma que a beleza será bela ou não será nada.

A grande vantagem do plágio como método literário é que ele descarta a necessidade de talento, ou até mesmo de aplicação. Basta selecionar o que plagiar. Niilistas radicais podem plagiar literalmente, enquanto outros, que se trabalham sob a ilusão de que são uma vertente mais artística, provavelmente irão querer mudar uma palavra aqui, outra ali – ou até mesmo colocar parágrafos em ordem diferente!

Plágio é um exercício altamente criativo que, a cada ato de plágio, traz um novo sentido ao trabalho plagiado.

As forças capitalistas tentaram vencer o plágio pelo lado da ilegalidade. Mas para evitar isto, basta tomar a idéia e o espírito sem plagiar palavra por palavra. Como George Orwell em “1984” onde reelabora “Nós”de Zamyatin.

Plágio economiza tempo e esforço, melhora os resultados e demonstra considerável iniciativa do plagiador. É uma ferramenta revolucionária!
Sem ação nossas idéias são fatalmente inúteis. A imaginação popular está sintonizada com a ação ao invés das idéias, às massas falta qualquer senso do ridículo, e suas vidas estéreis lhes dão sede pelo colorido e pelo drama. Ação é a única forma pela qual podemos nos engajar com a imaginação popular.

Todo o crescimento de nossa consciência histórica apenas ressalta a idéia de que nossa crença na mudança é simplesmente uma entre muitas coisas que nunca mudam.

O Impressionismo ajudou a pintura a se livrar do objeto convencional; o Cubismo e o futurismo logo depois, livraram-se da necessidade de reproduções estilísticas; e a Abstração finalmente removeu os últimos traços da ilusão representacional. Um elo noovo – e final – contempla esta corrente. Pintores Nucleares devem destruir a convenção final: O ESTILO.

Crie o futuro destruindo o passado. A vida começa onde a história termina.